Algumas medicações utilizadas para emagrecer como a sibutramina, efedrina e anfetaminas, que inibem o apetite e aceleram o metabolismo, são substâncias excelentes em reduzir o peso porque agem no algoritmo essencial do emagrecimento, no qual ingere-se menos e gasta-se mais calorias.
O grande problema é que quando essa perda de peso não vem acompanhada da mudança do estilo de vida, ou seja reeducação alimentar e atividade física; a pessoa perde muito músculo e diminui a queima de calorias em repouso, comprometendo o seu gasto geral de energia. Assim, ao suspender a medicação, o apetite retorna, o gasto de energia está menor do que o inicial e o ganho de peso é inexorável.
Outra questão é que o organismo tem uma memória de peso que para ser reprogramada leva um tempo. Geralmente calculamos um mês para cada quilo perdido, assim se a perda de peso foi de 20 kg o corpo só aceitará o novo peso após 20 meses, antes disso ele tentará retornar à marca inicial. Por isso, se a medicação for suspensa antes desse período ficará difícil de controlar o peso.
O efeito sanfona também pode ocorrer por questões emocionais. Por exemplo, por um período a pessoa focou na saúde, cuidou da alimentação, fez exercício e de repente alguma coisa aconteceu ( mudou de trabalho, perdeu algum familiar, rompeu relacionamento, problemas familiares...), os hábitos alimentares antigos e sedentarismo retornaram; consequentemente os dígitos da balança vão aumentando. Nesse caso o tratamento foi bem conduzido, mas a manutenção foi prejudicada por um fator extrínseco, que poderia ter sido identificado com um melhor monitoramento.
Assim, podemos tirar uma lição importante se quisermos ter um peso saudável: enquanto vivermos, teremos que observar o que ingerimos e gastamos. Se em algum momento comemos a mais do que devíamos, nos dias seguintes, seguramos as calorias, aumentamos a atividade física é nossa saúde agradece!